Machado de Assis, o jornalista aprendiz

Retrato de Machado de Assis, Rio de Janeiro-RJ, 1880 circa. Foto de Joaquim Insley Pacheco/ Arquivo-coleção Gilberto Ferrez. Acervo Instituto Moreira Salles.

Machado de Assis é uma espécie de mito fundador para a literatura brasileira. A partir dele, tudo passou a ser possível. Como se as conquistas de um determinado indivíduo num determinado contexto histórico estivessem abertas para todos os que se aventurassem a trilhar o seu caminho. Mas mesmo nosso mito fundador não brotou do nada.

Para encontrar seu caminho, Machado seguiu a mesma estratégia de escritores jornalistas marcados pela cor, como Teixeira e Souza e Paula Brito. Afinal, de que forma um jovem mulato, pobre, órfão e epilético poderia se firmar como o maior escritor brasileiro de uma sociedade escravagista? Entrando nos salões da literatura pela porta de serviço: o jornalismo. E, se alguém tão estigmatizado conseguiu, por que não eu, provavelmente pensaram outros tantos literatos pobres e mestiços que seguiram seu exemplo. Parecia apenas uma questão de empurrar a porta.

Isso foi feito em algum momento entre os anos de 1854 e 1855, quando Machado forçou a mão do destino ao tomar coragem e entrar na livraria de Paula Brito. Ali o jovem de pouco mais de 15 anos daria início a uma atividade como jornalista e escritor que só terminaria 53 anos depois. Mas também na imprensa não entraria pela porta da frente. Trabalhou como caixeiro na livraria e depois como empregado da tipografia de Paula Brito. Lá era editada a Marmota Fluminense, jornal que publicou seu primeiro poema, em 6 de janeiro de 1855.¹ Jornalzinho cultural, a Marmota Fluminense saia às terças e sextas-feiras, com apenas seis páginas, pelo menos três delas ocupadas por poesias e glosas.

Não é difícil imaginar por que o popular Paula Brito teria aberto as portas ao rapaz desconhecido. Na biografia desse poeta, jornalista, editor e livreiro, um mulato self-made man que parecia subverter a lógica escravagista do Segundo Império, há inúmeros pontos de contato com a vida de Machado de Assis.

Filho de carpinteiro, Paula Brito não teve uma educação formal. Na verdade, nunca chegou a ir à escola e aprendeu a ler com uma irmã. Mesmo assim, tornou-se poeta e tradutor. Foi aprendiz na Tipografia Nacional e na tipografia de René Ogier, antes de trabalhar na tipografia de Plancher, que produzia o Jornal do Commercio, onde chegou a administrador e editor. Em 1831, comprou uma pequena loja com suas economias, além de uma prensa, em que publicava o jornal O Restaurador. Dois anos depois, já tinha dois endereços e duas impressoras. Em 1848, possuía seis prensas manuais e uma mecânica, tida como “a maior do Brasil”². Em 1855, quando Machado teria trabalhado para Paula Brito, suas empresas tinham nada menos do que 60 empregados, nove deles franceses.

O escritor não foi o primeiro a ser ajudado por Paula Brito. Antes dele, o mulato Teixeira e Sousa (autor que teria escrito o primeiro romance da literatura brasileira, O filho do pescador, de 1843) encontrou apoio financeiro e literário no editor, que publicou, entre outros livros de importância, os Últimos cantos, de Gonçalves Dias, as comédias de Martins Pena e A confederação dos tamoios, de Gonçalves de Magalhães.

A Petalógica, sociedade literária e artística fundada por Paula Brito, tinha caráter absolutamente democrático. O objetivo da “Peta” (mentira) “lógica” era “contrariar os mentirosos, mentindo-lhes a fim de que eles, tomando como verdade tudo o que ouviam, o fossem repetindo por toda a parte e se desmoralizassem inteiramente, ou perdessem vício”³.

Assim como tinham entrada os conservadores e os liberais, tinham igualmente entrada os lagruístas e os chartonistas: no mesmo banco, às vezes, se discutia superioridade das divas do tempo e as vantagens do ato adicional, os sorvetes de José Tomás e as nomeações de confiança aqueciam igualmente os espíritos; era um verdadeiro pêle mêle de todas as coisas e de todo os homens⁴.

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Apesar de sua condição social, Machado fez parte desse círculo que reunia — durante a semana na casa de Paula Brito e, aos sábados, no Largo do Rossio, em dois bancos em frente à livraria — alguns dos principais escritores da corte, como Casemiro de Abreu, Gonçalves Dias e o jornalista Joaquim Manuel de Macedo. Lá, Machado também conheceu Francisco Otaviano, relação que lhe seria extremamente útil.

Em 1856, Machado arrumou emprego como tipógrafo aprendiz na Imprensa Nacional, tendo como diretor o também escritor Manuel Antônio de Almeida. Não teria sido o melhor dos operários. Alfredo Pujol, citado por Lucia Miguel Pereira, diz que “descuidava do serviço para ler nos cantos” e, por isso, foi chamado pelo diretor, autor de Memórias de um sargento de milícias. A conversa entre os dois escritores, em vez de uma repreensão, teria rendido a Machado a proteção de Manuel Antônio de Almeida e uma grande amizade.

Embora até hoje esteja guardada no Museu da Imprensa Nacional a prensa manual em que o escritor trabalhava como tipógrafo, pesquisadores como Godim da Fonseca e Jean-Michel Massa duvidam da história. Segundo Massa, apesar de narrada por Capistrano de Abreu, nenhum documento prova que o nosso autor tenha sido aprendiz ou operário na Imprensa Nacional. Mas deixa em aberto: “Nenhum documento prova o contrário"⁵.

Lenda ou não, o que se sabe é que Machado teria ficado dois anos na tipografia da Imprensa Nacional. Em 1858, deixaria o emprego para ser revisor de provas de Paula Brito e, no ano seguinte, ocuparia o mesmo cargo no Correio Mercantil, de Francisco Otaviano, poeta diletante, jornalista e político que deu a José de Alencar a coluna “Ao correr da pena”. Subindo esse degrau, Machado deixou de ser operário para trabalhar no andar de cima do jornalismo, embora ainda em um cargo subalterno. No mesmo ano, publicou no Correio Mercantil, que tinha posições políticas muito claras contra a escravatura e o poder clerical, algumas poesias.

Resquícios do sentimento de inferioridade que acometia o aspirante a escritor naquela época podem ser percebidos no conto “Miloca”, escrito em 1874. Quase 20 anos depois de ter escapado desta condição, o autor narrou a história de um poeta pobre, ex-tipógrafo promovido a revisor de provas, que percebe, no olhar do dono de uma mansão, aonde acontece uma festa, que desprezo não sentiria se confessasse sua profissão: “Pois este pelintra tem a honra de jantar aqui comigo, ver dançar os outros, estar aqui confundido com pessoas de certa ordem, e se há de ouvir e calar, responde quando ninguém lhe pergunta e por fim confessa-se revisor de provas”.

Mas a ascensão social do jovem e pobre revisor não parou no andar intermediário. Quando publicou Memórias póstumas de Brás Cubas, pela Imprensa Nacional, onde começara como aprendiz de tipógrafo mais de 20 anos antes, Machado já não era mais um desconhecido, mas um nome ilustre da literatura nacional. A consagração podia ser percebida quando, depois do trabalho, parava para a habitual prosa com os literatos nas editoras Garnier e Lombaerts, ou nas redações de A Semana e da Revista Brasileira.

Do último grupo, jornalistas e colaboradores da revista, dirigida desde 1895 pelo crítico José Veríssimo, seria arregimentada a base da Academia Brasileira de Letras, fundada em 20 de julho de 1897, com vários escritores jornalistas ocupando suas 40 cadeiras, entre eles Machado, Coelho Neto e Olavo Bilac. Como presidente da nova instituição, Machado fez ouvidos moucos às críticas de que a criação da Academia correspondia à instauração de uma aristocracia intelectual pouco compatível com os ares republicanos, mera importação de um modelo europeu inútil num país de iletrados.

Logo ele que, 35 anos antes, tinha ironizado o adjetivo imortal, num artigo no Diário do Rio de Janeiro, sobre a inauguração da estátua de D. Pedro I, chamando atenção para o ridículo de toda a cerimônia. "Mas sabe o leitor quem teve grande influência na festa de anteontem? O adjetivo. Não ria, leitor, que o adjetivo é uma grande força e um grande elemento”, afirmava, para logo depois disparar:

Bem empregado, com jeito e a tempo, como do ferro aconselha o poeta para o tornar mezinha, o adjetivo fez nos artigos ministeriais um grande papel. Veja o leitor como esta palavra — imortal — veio sempre em auxílio de um substantivo desamparado de importância intrínseca.

Agora, o adjetivo “imortal” agregava a escritores como Machado valor de mercado e legitimidade social. Seus livros tinham mais chances de serem publicados e de chamar a atenção da crítica. E seus nomes de constarem nas listas de convidados dos salões da alta sociedade e do circuito de conferências. Logo, o presidente da academia seria saudado como “o chefe consagrado dos nossos literatos”, “o mestre das letras brasileiras”, “o primeiro de todos”, “o único”.

Com o fim do mecenato imperial e início do processo de industrialização, estratégias conciliatórias, como a de Machado, seriam substituídas por posições mais acirradas, como a de Lima Barreto. A dicotomia arte e dinheiro faria o campo literário (da arte pela arte) constituir-se no Brasil em oposição ao jornalismo (da pena de aluguel), embora a ele vinculado. E o modelo ideal (aqui quase irreal) de escritor full time em distinção ao de trabalhador braçal (ou melhor, industrial) do jornalismo.

Nessa divisão do trabalho intelectual, caberia ao jornalista as “tarefas mercenárias”, ligadas à indústria e ao comércio e, ao escritor, as artísticas. A questão é que, na virada do século XIX para o XX, os campos literário e jornalístico ainda não eram tão distintos assim. E mesmo Machado de Assis foi obrigado a jogar nos dois lados para sobreviver.

A oposição entre arte e dinheiro se impôs como uma das estruturas fundamentais da visão de mundo dominante à medida que o campo literário e artístico afirmava sua autonomia, impedindo os agentes e também os analistas (...) de perceber que, como diz Zola “o dinheiro emancipou o escritor, o dinheiro criou as letras modernas”.

Do final do século XIX até hoje, quando os postos de trabalho no jornalismo começam a escassear, por conta da informatização, forte recessão e exigência de diploma, o sonho de uma carreira literária gloriosa como a de Machado de Assis continuamente tem movido aspirantes a escritor de todo o Brasil aos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. Eles formam uma espécie de exército de reserva intelectual. Mas dificilmente escapam de ter com o mercado uma relação ambígua.

O jornalismo costuma ser a porta de entrada, a forma de divulgação e até a instância de consagração de seus nomes. No entanto, muitos permanecem presos ao mito de que o verdadeiro escritor é o que consegue ser artista em tempo integral, sem concessões. Não se dão conta de que se trata de um personagem social construído pela mesma modernidade que os aproxima e afasta de seus objetivos, integrando-os ao campo literário, mas obrigando-os a vender seu tempo e talento. Presos à visão ambivalente do escritor como um intelectual aristocrata ou um marginal da sociedade burguesa, eles não veem que produzem seus livros contra essas determinações e, ao mesmo tempo, graças a elas.

Na obra de Machado de Assis é possível ver que o jornalismo pode ter ajudado o romancista. Em 1859, no auge de seus 20 anos, ele escreveu três artigos que fornecem preciosas pistas sobre o que pensava sobre o assunto: “O passado, o presente e o futuro da literatura”, “A reforma pelo jornal” e “O jornal e o livro”¹⁰. Os textos têm em comum um certo deslumbramento pelo potencial democrático do jornalismo que, segundo o jovem Machado, tinha o poder de “fazer tremer as aristocracias, mais do que os movimentos populares”¹¹. Não é o cético da maturidade, mas um jovem Machado de Assis exultante de otimismo quem escreveria que o jornalismo é “a locomotiva intelectual em viagem para mundos desconhecidos, é a literatura comum, universal, altamente democrática, reproduzida todos os dias, levando em si a frescura das ideias e o fogo das convicções”. Na sequência, o escritor se lançou na aventura de fundar um jornal, o Espelho, onde pode escrever essas bem traçadas linhas.

O jornal apareceu, trazendo em si o gérmen de uma revolução. Essa revolução não é só literária, é também social, é econômica, porque é um movimento da humanidade abalando todas as suas eminências, a reação do espírito humano sobre as fórmulas existentes do mundo literário, do mundo econômico e do mundo social¹².

Machado chega a pôr a literatura numa posição inferior em relação à imprensa. “Há alguma coisa de limitado e de estreito se o colocarmos [o livro] em face do jornal”, afirma. “O jornal é mais que um livro, isto é, está mais nas condições do espírito humano. Nulifica-o como o livro nulificará a página de pedra? Não repugno admiti-lo”¹³. A verdade é que Machado de Assis morreu em 1908, dois meses depois de publicar seu último livro, Memorial de Aires, sem que o livro tivesse matado o jornal nem o jornal matado o livro. Seu caso foi exemplar de como um gênero narrativo pode mais do que nulificar, fertilizar o outro.

No ano seguinte à publicação dos artigos, Machado foi cooptado pela grande imprensa, contratado para o Diário do Rio de Janeiro pelo amigo Quintino Bocaiúva. Machado trabalhava na “cozinha” do jornal: escrevia e reescrevia os anúncios, as pequenas notícias, com um estilo já “nítido e limpo”:

muito mais limpo do que a caligrafia onde se lhe expandia o nervosismo em rabiscos incríveis, em borrões de todos os feitios. A desordem de seus manuscritos, que só lhe saíam à custa de dedos manchados de tinta e inúmeras penas quebradas, chegou a tal ponto que contra ela se revoltaram os revisores do jornal, vendo-se o novo redator obrigado a aprender a escrever com um professor especialista, o calígrafo americano Guilherme Scully¹⁴.

E havia ainda o problema dos erros de português, frutos do déficit escolar do escritor. Conta a biógrafa Lucia Miguel Pereira que o redator não tinha muita paciência para minúcias: “Não se entendia bem com a ortografia, craseava os ‘a’ de maneira fantasista e os pronomes eram brasileiramente caprichosos”¹⁵. Mas, naquele momento, nenhuma dessas deficiências foi entrave para a ascensão de Machado de Assis no jornal, em que também ficava encarregado da “resenha” dos debates no Senado, deixando páginas memoravelmente irônicas sobre o assunto. Machado também ganhou reputação como crítico de teatro, assinando com o próprio nome ou sob pseudônimos a “Revista Dramática” e outras colunas, como “Comentários da Semana”, “Parte Literária”, “Conversas Hebdomadárias”, “Ao Acaso”, “Semana Literária” e “Cartas Fluminenses”. Se inicialmente o estilo do colunista é hesitante, vai ganhar consistência até se tornar inconfundível.

A importância do Diário do Rio na vida e na obra de Machado de Assis é imensa; convidando-o para lá, tirou-o Quintino Bocaiúva do amadorismo das revistas literárias, pô-lo na obrigação de enfrentar o grande público, de dar sua opinião sobre os assuntos do dia, fê-lo refletir, pensar. A disciplina da colaboração frequente e a sensação do contato com leitores de toda a natureza amadureceram rapidamente esse rapaz de 21 anos.¹⁶

Como muitos escritores depois dele, Machado descobriu no jornal uma forma de alargar seu universo, frequentando rodas distintas de seu ambiente de origem, conhecendo de alto a baixo da escala social pessoas de que, como leitor, só ouviria falar. Mas o jornal também era fonte de aborrecimento. Afastado do cargo de cronista por dois anos — seu último “Comentário da Semana” foi em maio de 1862 e o da coluna “Ao acaso”, em 1864 —, ele continuou trabalhando todos os dias na imprensa, mas de forma anônima, assinando apenas cinco textos em 23 meses. O afastamento parece ter obedecido a questões estratégicas, num momento em que o jornal desejava moderar os ataques ao governo, embora não se saiba com certeza se afastou ou foi afastado da política.

Além da crônica e da crítica literária, Machado escrevia os editoriais e acumulava funções administrativas. Era “pau-para-toda-obra de funções múltiplas na redação e na administração, responsável por tudo”.¹⁷

Sobrecarregado, percebeu que teria de deixar a imprensa para voltar a escrever romances. “Nas condições em que se encontrava quando assumiu no Diário as responsabilidades que acabamos de mostrar, pôde sentir quanto esta atividade devorava o indivíduo, o privava de seu tempo e de sua liberdade”, comenta o biógrafo Jean-Michel Massa, assinalando a reação de Machado a um problema comum aos jornalistas escritores: a absorção sem limites do trabalho jornalístico.¹⁸

Em algum momento — mais precisamente em 1878, ano da morte de José de Alencar — foi preciso fazer a tão temida quanto desejada opção. Aquela que liberta os maiores sonhos, mas também os piores pesadelos. Deixar o jornalismo diário foi uma aposta. “No momento, parecia errar, pois era melhor jornalista do que escritor de ficção”, julgava Lucia Miguel Pereira, para quem “as crônicas do Diário do Rio são muito superiores aos contos da mesma época e muito superiores a Ressurreição, o primeiro romance, escrito aos 30 anos”¹⁹. Doente, deixou momentaneamente de escrever para a imprensa e decidiu tirar suas primeiras férias.

Seis meses depois, Machado de Assis publicou seu primeiro grande livro: Memórias póstumas de Brás Cubas.

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Notas:

1 A informação se baseia em declaração de Salvador de Mendonça, muito ligado ao jovem escritor, embora Jean Michel Massa, em A juventude de Machado de Assis, diga que não pôde ser comprovada em nenhum documento (Jean-Michel Massa. A juventude de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 88), e Lucia Miguel Pereira, em Machado de Assis, comente que a história se baseia na “tradição” (Lucia Miguel Pereira. Machado de Assis. Belo Horizonte: Itatiaia, p. 54).
2 Lawrence Hallewell. Books in Brazil, a History of the Publishing Trade. Metuchen; Londres: The Scarecrow Press, 1982, p. 63.
3 Lucia Miguel Pereira, op. cit., 1988, p. 61.
4 Jean-Michel Massa, op. cit., p. 87.
5 Idem, p. 173.
6 Parte do conto, publicado sob o pseudônimo de JJ em 1874 no Jornal das Famílias, está reproduzido em Lucia Miguel Pereira, op. cit., p. 61.
7 Machado de Assis. Obra completa. Vol. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. /s.d/ apud Lucia Miguel Pereira, op. cit., p. 79.
8 Lucia Miguel Pereira, op. cit., p. 186.
9 Pierre Bourdieu. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 111.
10 Machado de Assis, op. cit., p. 944-963.
11 Idem, p. 963.
12 Idem, p. 945.
13 Idem, p. 946.
14 Lucia Miguel Pereira, op. cit., p. 75.
15 Idem, p. 119.
16 Idem, p. 77.
17 Jean-Michel Massa, op. cit., p. 506.
18 Idem, ibidem, p. 508.
19 Lucia Miguel Pereira, op. cit., p. 139.

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*Cristiane Costa é doutora em Comunicação e Cultura e professora de Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora de Pena de aluguel: escritores e jornalistas no Brasil (Companhia das Letras, 2005), premiado com a Bolsa Vitae de Literatura, entre outros. Foi editora do Caderno Ideias, suplemento literário do Jornal do Brasil; do Portal Literal; da revista eletrônica Overmundo, e de projetos especiais da Nova Fronteira e Ediouro.