Cumpria-se na rua do Ouvidor uma lei que obrigava todo cidadão carioca a falar por oxítonas. Trocava-se o bom-dia pelo “bonjour” sem medo de desbotar a última flor do Lácio. Era preciso abrir a avenida Central, botar abaixo cortiços e sobrados, erradicar peste e cólera. No bruaá da confeitaria Colombo, tudo era assunto. Santos Dumont e o 14-BIS, os bafafás dos salões literários, as maravilhas do polvilho antisséptico Granado. Vestida de República, a modernidade batia à porta do Brasil sem uma gramática normativa. Ordem e Progresso: as reformas urbanas do prefeito Pereira Passos ambicionavam transformar o Rio de Janeiro em uma “Paris Tropical”.  O livro A alma encantadora das ruas (1908), de João do Rio, amadureceu...