Eu nunca tinha pensado em ir ao Havaí, mas um dia lá fui eu. Mesmo sem ter ido, ou sem ter jamais sonhado com uma viagem ao Havaí, eu tinha uma ideia do que devia ser aquelas paragens. Uma ideia, ou melhor, uma imagem. À primeira vista, a gente pensa que o Havaí foi muito promovido pelo cinema norte-americano.

Mas o cinema, entre tantos lugares, escolheu o Havaí por alguma razão. É que o Havaí existe mesmo e é igualzinho ao Havaí de que a gente tem notícia. O Havaí da imagem meio convencional que o apresenta como um paraíso tropical. Tudo no Havaí contribui para essa ideia edênica.

O fato de ser um arquipélago, por exemplo. Sendo ilhas, e ilhas naquela latitude, longe de tudo e perto de tudo, o Havaí tem um encanto especial. Em parte, por ter sido um dos últimos redutos a ser pisado pelo homem civilizado.

Muito antes do cinema, ou até do Elvis Presley, que cantou The Blue Hawaii e lá fez uma casa, aquele jardim polinésio do Pacífico já seduzia a imaginação dos homens. Escritores chegados à aventura lá foram conferir o fascínio das ilhas.

Oahu, Kauai e Maui são hoje três dos mais importantes conjuntos turísticos do mundo. Hotéis fantásticos, resorts maravilhosos. Honolulu tem o perfil de uma cidade americana. Mas há uma coisa que só o Havaí tem: é a atmosfera havaiana.

O Havaí é igualzinho ao Havaí com que a gente sonha. O Havaí que você viu no cartão postal, ou no cinema. Se você acha pouco fazer uma viagem para encontrar um sonho, então você não merece viajar. E, nesse caso, não vá ao Havaí. Mas nem por isso você se livra da obsessão havaiana. Você ouve a hula e sente o perfume do lei onde quer que esteja.

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