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Restos de carnaval
Clarice Lispector
Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a...
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11 mai 1968
As três experiências
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O "amar os outros" é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As...
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A descoberta do mundo
Clarice Lispector
O que eu quero contar é tão delicado quanto a própria vida. E eu quereria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva.Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas...
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17 ago 1968
Morte de uma baleia
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Em minutos espalhara-se a notícia: uma baleia no Leme e outra no Leblon haviam surgido na arrebentação de onde tinham tentado sair sem no entanto poder voltar. Eram descomunais apesar de apenas filhotes. Todos foram ver. Eu não fui: corria o...
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07 set 1968
Os perfumes da terra
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Já falei do perfume de jasmim? Já falei do cheiro do mar. A terra é perfumada. E eu me perfumo para intensificar o que sou. Por isso não posso usar perfumes que me contrariem. Perfumar-se é uma sabedoria instintiva. E como toda arte, exige...
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6 jun 1970
Medo da eternidade
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o...
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Nos primeiros começos de Brasília
Clarice Lispector
Brasília é construída na linha do horizonte. – Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos...
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15 abr 1972
Taquicardia a dois
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Estava minha amiga falando comigo ao telefone. Eis senão quando entra-lhe pela sala adentro um passarinho. Minha amiga reconheceu: era um sabiá. A empregada se assustou, minha amiga ficou surpresa. Era preciso que ele achasse o caminho da janela...
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30/09/1972
De Vila Isabel para o Brasil
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Telefonaram-me pedindo que eu praticamente anunciasse, do meu canto no “Caderno B” ao mundo, vasto mundo, eu que não me chamo Raimundo, que anunciasse uma nova instituição apenas nascente: o Clube Nacional de Poesia. Não acredito em poesia...
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24 fev 1973
O primeiro livro de cada uma das minhas vidas
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Perguntaram-me uma vez qual fora o primeiro livro de minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma das minhas vidas. Busco na memória e tenho a sensação quase física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro fininho que...
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8 set 1973
Charlatões
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Um amigo meu diz que em todos nós existe o charlatão. Concordei. Sinto em mim a charlatã me espreitando. Só não vence, primeiro porque não é realmente verdade, segundo porque minha honestidade básica até me enjoa. Há outra coisa que me...
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7 ago 1971
Você é um número
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Se você não tomar cuidado vira número até para si mesmo. Porque a partir do instante em que você nasce classificam-no com um número. Sua identidade no Félix Pacheco é um número. O registro civil é um número. Seu título de eleitor é um...
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24 mai 1969
Temas que morrem
Clarice Lispector
Jornal do Brasil
Sinto em mim que há tantas coisas sobre o que escrever. Por que não? O que me impede? A exiguidade do tema, talvez, que faria com que este se esgotasse em uma palavra, em uma linha. Às vezes é o horror de tocar numa palavra que desencadeia...
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Das vantagens de ser bobo
Clarice Lispector
– O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo. – O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: “Estou fazendo. Estou...
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Estado de graça – trecho
Clarice Lispector
Quem já conheceu o estado de graça reconhecerá o que vou dizer. Não me refiro à inspiração, que é uma graça especial que tantas vezes acontece aos que lidam com arte. O estado de graça de que falo não é usado para nada. É como se viesse...
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Banhos de mar
Clarice Lispector
Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como...
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A antiga dama
Clarice Lispector
Morava numa pensão da rua São Clemente. Era volumosa, e cheirava a quando a galinha vem meio crua para a mesa. Tinha cinco dentes e a boca seca, árida.Sua reputação passada não fora inventada: ainda falava francês com quem tivesse...
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Ao correr da máquina
Clarice Lispector
Meu Deus, como o amor impede a morte! Não sei o que estou querendo dizer com isso: confio na minha incompreensão, que tem me dado vida instintiva e intuitiva, enquanto que a chamada compreensão é tão limitada. Perdi amigos. Não entendo a...
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Literatura e justiça
Clarice Lispector
Hoje, de repente, como num verdadeiro achado, minha tolerância para com os outros sobrou um pouco para mim também (por quanto tempo?). Aproveitei a crista da onda, para me pôr em dia com o perdão. Por exemplo, minha tolerância em relação a...
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4 jan 1969
O milagre das folhas
Clarice Lispector
Não, nunca me acontecem milagres. Ouço falar, e às vezes isso me basta como esperança. Mas também me revolta: por que não a mim? Por que só de ouvir falar? Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: “Avisou-me que, ao ser...
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Vergonha de viver
Clarice Lispector
Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido que só se liberta na solidão....
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