27 set 2018
Humberto Werneck
Coisa singular, a tal da crônica, esse patinho feio da literatura. Ao contrário do que se passa com o romance, com a novela, com o conto, ela quase nunca resulta de um longo processo de elaboração. Nem poderia. É algo que precisa ser escrito, haja ou não assunto, e escrito para já, sob a pressão dos prazos de fechamento do jornal ou da revista. Embora em certos casos não fosse má ideia, não vale entregar à redação duas ou três laudas em branco. Dane-se a falta de condições ideais, dos largos períodos de maturação de que dispõe um ficcionista. Aquilo tem que sair, haja o que houver. Pense nisso quando estiver lendo qualquer das pérolas, e são milhares, recolhidas neste Portal da Crônica Brasileira. Difícil imaginar que...12 set 2018
Humberto Werneck
Praticamente já não há quem use a expressão acima, rés do chão, escolhida para designar nossos começos de conversa neste Portal da Crônica Brasileira. Quem chegou ao mundo nas últimas (muitas) décadas não tem a obrigação de saber que as três palavras, tradução literal do francês rez-de-chaussée, significam, diz o dicionário Houaiss, “pavimento de uma casa ou edifício que fica ao nível do solo”, ou, mais simplesmente, “andar térreo”. Lugar por onde se entra, portanto – a não ser que você disponha de heliponto no topo do prédio... “Rés do chão” já teria, assim, muito a ver com o vestíbulo deste Portal da Crônica Brasileira. Mas há mais: rez-de-chaussée, expressão corrente... 2 dez 2024
Guilherme Tauil
Sei que ainda temos chão pela frente, mas dezembro é um mês tão atípico, com tantas aspirações próprias, que não faz mal deixá-lo de fora da retrospectiva de leitura que preparamos para fechar o ano. De fato, com tanta gente viajando, festejando e descansando por festejar demais, sobra pouco tempo para ler crônicas na internet.
Comecemos a retrospectiva de 2024 pelas páginas dos autores – aquelas com o perfil biográfico e a linha cronológica, disponíveis ao clique nas caricaturas reunidas aqui. Dos cinco perfis mais visitados, em primeiro lugar está Rubem Braga, o que não causa espanto algum, visto se tratar do mais importante cronista do país. Na sequência, João do Rio experimentou um merecido momento de glória com a homenagem da Festa Literária Internacional de Paraty. Depois vieram, pela ordem, Fernando Sabino...